quarta-feira, 15 de julho de 2015

MOBILIZAPET

#‎MobilizaPET‬ ‪#‎OPETNãoPara ‬#‎PETTEMLUTA‬ #‎NãoéSóPelaBolsa‬

O PET/Letras apoia com todas as forças MOBILIZAPET

Sobre o PET

O PET é um programa desenvolvido por grupos de estudantes de graduação; bolsistas, colaboradores e voluntários, sob tutela de um docente (tutor). O programa é financiado pelo Governo Federal recebendo verbas direto do MEC. Os grupos PET’s têm como objetivos consagrar qualitativamente o nível da Educação Superior no Brasil a cerca da tríade: ensino, pesquisa e extensão e da educação tutorial.


Revindicação Nacional dos PET`s

O OBJETIVO:
Em nossa conversa, pontuamos a necessidade de colocarmos um objetivo claros em nossa mobilização. Por esse motivo, trouxemos a necessidade de lutarmos pela modificação da resolução referente ao pagamento das bolsas (Resolução nº 42 de 4 de novembro de 2013). De acordo com o artigo II, alínea d, o FNDE tem autonomia para suspender nossas bolsas quando bem entender (ou achar justificável) ou por solicitação do SESu/MEC. O objetivo então seria elaborarmos uma nova resolução para que a anterior seja cancelada. De acordo com o integrante Lucas, representante do CENAPET, esse processo só ocorrerá com o parecer do Ministro da Educação. De uma forma geral, eles criam comissões no Ministério da Educação para legislar sobre algumas portarias e, com isso, conseguimos derrubar/modificar ou retificar a resolução. No entanto, só conseguiremos isso pressionando o Ministério para que essa resolução possa ser revogada e que uma nova seja criada, visando um processo mais claro quanto ao pagamento das bolsas, dentre diversas outras coisas.

CARTA AO MEC:
Discutimos sobre a necessidade de escrevermos uma carta, expondo nosso descontentamento e indignação perante a tal situação de recorrentes atrasos e descaso com o nosso Programa. Essa carta seria de responsabilidade dos grupos PET de cada universidade, os mesmos deverão solicitar à reitoria que essa carta seja enviada ao Ministro da Educação.

CRONOGRAMA DOS ATOS A SEREM REALIZADOS NO ENAPET 2015:
Para que possamos alcançar nosso objetivo, precisamos primeiramente fortalecer nossa luta no ENAPET. Por esse motivo, o petiano Raphael, representante da UDESC, propôs um cronograma com os atos a serem realizados no Encontro.
Os atos ocorrerão da seguinte maneira:

1) Na terça-feira, na reunião de tutores e acadêmicos (às 14:30), adiantaremos as discussões referentes a situação do PET, além da questão da rotatividade de tutores.

2) Na quarta-feira a programação da SBRET acabará pouco antes das 18hs. No auditório que será a assembléia, faremos uma reunião entre petianos e tutores para discutir as dificuldades enfrentadas pelo PET e a precarização da educação, decorridas do ajuste fiscal e da política de austeridade do Joaquim Levy. Além de dialogarmos sobre estratégias legais (no sentido de lei mesmo) que podemos tomar perante o MEC e o governo. Neste horário também será a oficina de cartazes e faixas para o dia seguinte.

3) Na quinta-feira, paralisaremos a programação da SBRET, uma assembléia agendada para às 14:30h. Nossa concentração terá início às 13:30 em frente à ALEPA (teremos pessoas guiando vocês para o local). Enquanto isso, utilizaremos uma caixa de som com microfone para falar, em frente à assembléia, sobre os problemas enfrentados pelo PET, a política de austeridade de Levy e a precarização da educação. Distribuiremos panfletos didáticos à comunidade local (a confecção e impressão ficarão por conta do Raphael, que nos encaminhará anteriormente para que sejam feitas as devidas alterações). Alguns petianos, aos poucos, entrarão na assembleia para entregar os panfletos aos deputados, senadores e lideranças partidárias.

Este é um momento de fortalecimento de nossa luta, por esse motivo peço a todos que estejam presentes. A mobilização no ENAPET será importante para que fiquemos mais articulados, servindo como o passo inicial para levarmos nossa causa à instâncias maiores. Após o ENA, unificaremos nossa luta aos bolsistas de diferentes programas que também estão enfrentando essa precarização. 

Curtam e sigam a pagina PET BRASIL no face, tudo esta sendo repassado por lá. 
Link Facebook: https://www.facebook.com/groups/petbrasil/?fref=ts

O AMOR DIALOGADO EM CAMÕES, FELIPE MOISÉS, E EM HERBERTO HELDER

  Sabemos que na literatura podemos tentar representar o real, por meio da mimese, e que essa representação pode variar de pessoa para pessoa por ser uma leitura de mundo muito subjetiva, cada pessoa significa o texto literário a partir de sua visão. Nesse artigo temos três poemas, dois deles dialogam com o poema camoniano, que tratam sobre o tema do amor em diferentes perspectivas. O primeiro é de Luís Vaz de Camões, o segundo é de Carlos Felipe Moisés e o terceiro é de Herberto Helder. Camões do final do século XVI, Moisés e Helder poetas atuais, mas com abordagens diferentes. O foco deste artigo são as diferentes abordagens sobre o amor e sobre as transformações do amador nas três obras. Camões configura no seu poema a ideia de amor platônico, em que o amador transforma-se na cousa amada, já no poema de Felipe Moisés o amor é rebaixado na escala de paixão, e o amador se transforma a sombra de si mesmo, em nada; e Herberto Helder retrata no seu poema o amor completamente carnal, e o amador não transforma-se, mas possui a coisa amada. Neste poemas podemos perceber as relações de diálogos que os poetas da atualidade, Felipe Moisés em “A Paixão Segundo Camões” e Helder em “Transforma-se o amador na coisa amada”, estabelecem com o clássico poema de Luiz de Camões “Transforma-se o amador na coisa amada”.  

Poema de Luís Vaz de Camões
“Transforma-se o amador na cousa amada”

Transforma-se o amador na coisa amada, 
Por virtude do muito imaginar; 
Não tenho logo mais que desejar, 
Pois em mim tenho a parte desejada

Se nela está minha alma transformada, 
Que mais deseja o corpo de alcançar? 
Em si somente pode descansar, 
Pois consigo tal alma está ligada.

Mas esta linda e pura semidéia, 
Que, como o acidente em seu sujeito, 
Assim como a alma minha se conforma,

Está no pensamento como idéia; 
O vivo e puro amor de que sou feito, 
Como matéria simples busca a forma.

(Luís de Camões. Versos e alguma prosa de. Lisboa: Moraes, 1977).


“A Paixão Segundo Camões” (Carlos Felipe Moisés)
A Paixão Segundo Camões

Transforma-se o amador em coisa alguma,
sem dolo, sem virtude, sem razão.
Por muito amar, dispersa o coração
e rói daquilo que é a alma nenhuma.

As esperanças perde, uma a uma,
de decifrar o rosto da paixão.
Sem rumo, ilhado entre o sim e o não,
perde-se no amor de um mar sem espuma.

Transforma-se o amador em coisa errante,
atira ao vento um grito enrouquecido
e busca se encontrar na coisa amada.

A pele rota, o gesto vacilante,
transforma-se, de amar como um perdido,
em sombra de si mesmo, ausência, nada.

(MOISÉS, Carlos Felipe. Subsolo. São Paulo: Massao Ohno, 1989).


 Análise do Po­­­­ema de Herberto Helder
Transforma-se o amador na coisa amada com seu
feroz sorriso, os dentes,
as mãos que relampejam no escuro. Traz ruído
e silêncio. Traz o barulho das ondas frias
e das ardentes pedras que tem dentro de si.
E cobre esse ruído rudimentar com o assombrado
silêncio da sua última vida.
O amador transforma-se de instante para instante,
e sente-se o espírito imortal do amor
criando a carne em extremas atmosferas, acima
de todas as coisas mortas.

Transforma-se o amador. Corre pelas formas dentro.
E a coisa amada é uma baía estanque.
É o espaço de um castiçal,
a coluna vertebral e o espírito
das mulheres sentadas.
Transforma-se em noite extintora.
Porque o amador é tudo, e a coisa amada
é uma cortina
onde o vento do amador bate no alto da janela
aberta. O amador entra
por todas as janelas abertas. Ele bate, bate, bate.
O amador é um martelo que esmaga.
Que transforma a coisa amada.

Ele entra pelos ouvidos, e depois a mulher
que escuta
fica com aquele grito para sempre na cabeça
a arder como o primeiro dia do verão. Ela ouve
e vai-se transformando, enquanto dorme, naquele grito
do amador.
Depois acorda, e vai, e dá-se ao amador,
dá-lhe o grito dele.
E o amador e a coisa amada são um único grito
anterior de amor.

E gritam e batem. Ele bate-lhe com o seu espírito
de amador. E ela é batida, e bate-lhe
com o seu espírito de amada.
Então o mundo transforma-se neste ruído áspero
do amor. Enquanto em cima
o silêncio do amador e da amada alimentam
o imprevisto silêncio do mundo
e do amor.

(Herberto Helder. A colher na boca. Poesia Toda I, Lisboa: Plátano, 1993)

Adriano Araújo Pereira[1]
e-mail: adrianolotus@hotmail.com

Lusijane Contreira de Freitas[2]
e-mail: jahnny2012@hotmail.com



[1] Bolsista do Programa de Educação Tutoria, PET/Letras UFAC. Graduando do curso de Letras Português, 5º  período, da Universidade Federal do Acre
[2] Graduanda do curso de Letras Português 5º  período, da Universidade Federal do Acre.
Roda de leitura de poesias em Braille

Discutindo a respeito das ações que o grupo PET (programa de educação tutorial) de letras poderia desenvolver para contribuir com a sociedade, para assim promover a interação entre a comunidade acadêmica e sociedade levantou-se os seguintes questionamentos:  Como promover cultura e inclusão social através da leitura, porque poesia e para qual grupo da sociedade (exclamação).
Esses questionamentos nortearam o caminho para a elaboração do projeto: “Roda de leitura de poesias em Braille”
Em um primeiro momento observamos que a poesia é constituída através de uma linguagem especial: poética, que diz respeito às nossas emoções e sentimentos, porque é uma manifestação artística que comove e sensibiliza, pois na leitura de poesias “nos vemos, nós reconhecemos e nos recriamos”. E vivendo em mundo onde as emoções e sentimentos parecem ter desaparecido em meio à globalização e a rapidez dos fatos cotidianos, a poesia surge como uma brisa suave a penetrar a sensibilidade do humano oferecendo-lhe meios de superar suas próprias limitações físicas.
Tivemos um olhar diferenciado para os deficientes visuais depois de tomarmos ciência de que mais de 95% das obras literárias lançadas no Brasil não possuem versão em Braille. O que é um problema social, visto que mais de 6,5 milhões de brasileiros são deficientes visuais, deste modo não é oferecido a eles oportunidades iguais para ter acesso as literaturas, sendo desrespeitados como cidadãos ao terem seus direitos constitucionais feridos, posto que na declaração universal dos direitos humanos(1948) “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
 E “suas especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades, descriminações ou exclusões, mas sim devem ser norteadoras de políticas afirmativas de respeito a diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos”. Partindo desse princípio observamos a importância de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades. Com este intuito selecionamos diversas poesias de autores acreanos e de outras regiões como: Deyse torres, Carlos Drummond Andrade, Mário Quintana entre outros, para formar uma antologia de poemas que levaríamos para o grupo da roda de leitura. Para a realização mais prática do projeto contamos com o apoio do Núcleo de Atendimento e inclusão (NAI) da UFAC que muito colaborativamente fez a impressão das poesias na impressora Braille, fazendo o trabalho de transcrição do português para o Braille, cabe ressaltar que produzimos um material adaptado formatado em fonte ampliada para as pessoas com baixa visão. Outro órgão que nos deu apoio para a realização do projeto é o ADEVI que nos auxilio no processo de divulgação do projeto junto a seus associados e disponibilizou o espaço no prédio que funciona a associação, para que realizemos os encontros da roda de leitura. Também contamos com o apoio da poeta Deyse torres que gentilmente nos disponibilizou seus poemas e voluntariou-se a nos acompanhar em alguns encontros da roda de leitura. Deste modo surgiu o projeto: “Roda de leitura de poesias em Braille”.
Grupo: PET/Letras UFAC

O PET/ Letras UFAC

AGENDA PET LETRAS PARA 2015 - PLANEJAMENTOS

- Oficina de nivelamento em Língua Portuguesa – 3 Módulos
Público alvo: estudantes da UFAC e demais interessados
Horário: quartas-feiras das 10h00 às 12h00
Carga Horária: 20H
Local: Sala ambiente de Letras – Bloco Wanderley Dantas

- Curso de Inglês Instrumental
Público alvo: interessados em realizar provas de proficiência em inglês para mestrado, doutorado e concursos públicos.
Horário: quintas-feiras das 11h00 às 12h00
Carga Horária: 10H
Local: Sala ambiente de Letras – Bloco Wanderley Dantas

- Diálogos Solidários em Língua Portuguesa para refugiados haitianos
Público alvo: população flutuante, emigrantes Haitianos e outros interessados.
Horário: todas às sextas-feiras das 10h00 às 12h00
Carga Horária: 30H
Local: Sala de convivência do acampamento para os Haitianos.
(Chácara Aliança – Irineu Serra)

- Cine Clube PET/LETRAS
Publico alvo: aos amantes da 7ª. Arte e a todos os interessados.
Início: 16/06 – Término: Novembro/2015
Horário: todas as terças-feiras das 11h00 às 12h00
Carga Horária: 10H

Local: Sala ambiente de Letras – Bloco Wanderley Dantas