quarta-feira, 15 de julho de 2015

Roda de leitura de poesias em Braille

Discutindo a respeito das ações que o grupo PET (programa de educação tutorial) de letras poderia desenvolver para contribuir com a sociedade, para assim promover a interação entre a comunidade acadêmica e sociedade levantou-se os seguintes questionamentos:  Como promover cultura e inclusão social através da leitura, porque poesia e para qual grupo da sociedade (exclamação).
Esses questionamentos nortearam o caminho para a elaboração do projeto: “Roda de leitura de poesias em Braille”
Em um primeiro momento observamos que a poesia é constituída através de uma linguagem especial: poética, que diz respeito às nossas emoções e sentimentos, porque é uma manifestação artística que comove e sensibiliza, pois na leitura de poesias “nos vemos, nós reconhecemos e nos recriamos”. E vivendo em mundo onde as emoções e sentimentos parecem ter desaparecido em meio à globalização e a rapidez dos fatos cotidianos, a poesia surge como uma brisa suave a penetrar a sensibilidade do humano oferecendo-lhe meios de superar suas próprias limitações físicas.
Tivemos um olhar diferenciado para os deficientes visuais depois de tomarmos ciência de que mais de 95% das obras literárias lançadas no Brasil não possuem versão em Braille. O que é um problema social, visto que mais de 6,5 milhões de brasileiros são deficientes visuais, deste modo não é oferecido a eles oportunidades iguais para ter acesso as literaturas, sendo desrespeitados como cidadãos ao terem seus direitos constitucionais feridos, posto que na declaração universal dos direitos humanos(1948) “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
 E “suas especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades, descriminações ou exclusões, mas sim devem ser norteadoras de políticas afirmativas de respeito a diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais inclusivos”. Partindo desse princípio observamos a importância de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades. Com este intuito selecionamos diversas poesias de autores acreanos e de outras regiões como: Deyse torres, Carlos Drummond Andrade, Mário Quintana entre outros, para formar uma antologia de poemas que levaríamos para o grupo da roda de leitura. Para a realização mais prática do projeto contamos com o apoio do Núcleo de Atendimento e inclusão (NAI) da UFAC que muito colaborativamente fez a impressão das poesias na impressora Braille, fazendo o trabalho de transcrição do português para o Braille, cabe ressaltar que produzimos um material adaptado formatado em fonte ampliada para as pessoas com baixa visão. Outro órgão que nos deu apoio para a realização do projeto é o ADEVI que nos auxilio no processo de divulgação do projeto junto a seus associados e disponibilizou o espaço no prédio que funciona a associação, para que realizemos os encontros da roda de leitura. Também contamos com o apoio da poeta Deyse torres que gentilmente nos disponibilizou seus poemas e voluntariou-se a nos acompanhar em alguns encontros da roda de leitura. Deste modo surgiu o projeto: “Roda de leitura de poesias em Braille”.
Grupo: PET/Letras UFAC

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