Roda de leitura de poesias em
Braille
Discutindo
a respeito das ações que o grupo PET (programa de educação tutorial) de letras
poderia desenvolver para contribuir com a sociedade, para assim promover a
interação entre a comunidade acadêmica e sociedade levantou-se os seguintes
questionamentos: Como promover cultura e
inclusão social através da leitura, porque poesia e para qual grupo da
sociedade (exclamação).
Esses questionamentos nortearam o
caminho para a elaboração do projeto: “Roda de leitura de poesias em Braille”
Em um
primeiro momento observamos que a poesia é constituída através de uma linguagem
especial: poética, que diz respeito às nossas emoções e sentimentos, porque é
uma manifestação artística que comove e sensibiliza, pois na leitura de poesias
“nos vemos, nós reconhecemos e nos recriamos”. E vivendo em mundo onde as
emoções e sentimentos parecem ter desaparecido em meio à globalização e a
rapidez dos fatos cotidianos, a poesia surge como uma brisa suave a penetrar a
sensibilidade do humano oferecendo-lhe meios de superar suas próprias
limitações físicas.
Tivemos um olhar diferenciado para
os deficientes visuais depois de tomarmos ciência de que mais de 95% das obras
literárias lançadas no Brasil não possuem versão em Braille. O que é um
problema social, visto que mais de 6,5 milhões de brasileiros são deficientes
visuais, deste modo não é oferecido a eles oportunidades iguais para ter acesso
as literaturas, sendo desrespeitados como cidadãos ao terem seus direitos
constitucionais feridos, posto que na declaração universal dos direitos
humanos(1948) “Todos os seres humanos
nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.
E “suas
especificidades não devem ser elemento para a construção de desigualdades,
descriminações ou exclusões, mas sim devem ser norteadoras de políticas afirmativas
de respeito a diversidade, voltadas para a construção de contextos sociais
inclusivos”. Partindo desse princípio observamos a importância de se
garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades. Com este
intuito selecionamos diversas poesias de autores acreanos e de outras regiões
como: Deyse torres, Carlos Drummond Andrade, Mário Quintana entre outros, para
formar uma antologia de poemas que levaríamos para o grupo da roda de leitura.
Para a realização mais prática do projeto contamos com o apoio do Núcleo de
Atendimento e inclusão (NAI) da UFAC que muito colaborativamente fez a impressão das poesias na impressora
Braille, fazendo o trabalho de transcrição do português para o Braille, cabe
ressaltar que produzimos um material adaptado formatado em fonte ampliada para
as pessoas com baixa visão. Outro órgão que nos deu apoio para a realização do
projeto é o ADEVI que nos auxilio no processo de divulgação do projeto junto a
seus associados e disponibilizou o espaço no prédio que funciona a associação,
para que realizemos os encontros da roda de leitura. Também contamos com o
apoio da poeta Deyse torres que gentilmente nos disponibilizou seus poemas e
voluntariou-se a nos acompanhar em alguns encontros da roda de leitura. Deste modo
surgiu o projeto: “Roda de leitura de poesias em Braille”.
Grupo: PET/Letras UFAC
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